O Quarto Abandonado

Repleto de amargura e esquecimento,
Com fendas nas paredes e no teto,
Este local, hermético, sem vento,
Serve de casa para o alado inseto...


Sem lugar para o alheio sentimento,
Este mundo, à família tão secreto,
Pertence, agora, ao velho e vil momento,
Vago, apagado, sem brilho e quieto...


Desocupado, esconde u'amplo pedaço,
Um materializado e inerte espaço,
Que restou d'um período fragmentado...


No ordinário abandono desta idade
Fica o imóvel guardando essa saudade
Esquecida de um mundo condenado!

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