"Versos para um Fiat abandonado"
Andando pelas ruas, vejo um Fiat
Fodido e abandonado! Sem volante!
Sem rodas! Sem poltronas! Sem engate!
Largado num canteiro bem distante!...
Corroído em geral pela ferrugem
E já cercado pelo matagal,
Seus mecanismos há tempos não rugem
E seu destino é sombrio e fatal!...
Ventania! Sereno! Sol e enchente!
Poluição! Descaso! Incompetência!
E, tal qual um robótico indigente,
Roga por atenção e complacência!...
Quem te largou à própria e mordaz sorte?
Quem te deixou largado à própria sina?
Talvez um ser sem alma, de aço forte,
Com um coração em outra oficina!...
Fodido e abandonado! Sem volante!
Sem rodas! Sem poltronas! Sem engate!
Largado num canteiro bem distante!...
Corroído em geral pela ferrugem
E já cercado pelo matagal,
Seus mecanismos há tempos não rugem
E seu destino é sombrio e fatal!...
Ventania! Sereno! Sol e enchente!
Poluição! Descaso! Incompetência!
E, tal qual um robótico indigente,
Roga por atenção e complacência!...
Quem te largou à própria e mordaz sorte?
Quem te deixou largado à própria sina?
Talvez um ser sem alma, de aço forte,
Com um coração em outra oficina!...
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