" Inacreditável ! Porém, real ... " (18ª Parte)

Localidade: Aljubarrota. País: Portugal. Ano: 1910. Fato: O falecimento de um importante líder comunitário de nome João Maria António Pereira da Silva Lisboa e Coimbra (nome fictício), comoveu a todos aqueles que moravam naquela pacata localidade lusitana. Joaquim, Moisés, Teodoro e Sampaio (nomes fictícios), se dispuseram, após o velório, levar o caixão do "de cujus" para o cemitério da "Boa Morte" (local fictício). A distância era bastante considerável: mais ou menos uns 02 (dois) quilometros do local do velório até o lugar do sepultamento! Na metade do caminho, Sampaio (o mais preguiçoso), acusou cansaço e disse: "Ó, patrícios! Estou muito exausto, opá! Vamos "deitar o morto" ao chão, para eu poder recuperar as minhas energias, gajos!..." E foi exatamente o que fizeram! Ocorre que, além de malandro, Sampaio era também... muito folgado! Ao depositarem o caixão no solo arenoso, Sampaio, simplesmente, sentou-se por sobre o mesmo! Tal atitude gerou uma profunda revolta dos demais colegas! Moisés, o mais sério de todos, alertou: "Sampaio, os mortos merecem respeito! Saia de cima do caixão, agora!!" Todavia, Sampaio, num tom de prepotência, ainda respondeu: "Os mortos estão mortos! Não podem ser defender!..." Miserável! Após proferir estas ofensivas palavras, numa questão de segundos, como se tivesse recebido um violento choque elétrico, Sampaio, instantaneamente, levantou-se do lugar em que estava sentado!! Os demais amigos aceitaram tal postura, porém não compreenderam a súbita mudança de atitude por parte do colega fanfarrão!... "O que ocorreu a ti, Sampaio? Ficaste arrependido?... De imediato, ele não respondeu!... Após um silêncio de alguns segundos, proferiu as seguintes e dificultosas palavras: "Os... mortos... podem... se defender, sim!... Acabei de levar um violento tapa na cara! E não sei de onde veio este brutal golpe!... E nem quero saber!..." Ainda confusos, os demais companheiros, sem nada compreender, prosseguiram na funesta procissão até o seu destino final: enterrar o corpo do líder local no antigo campo santo da "Boa Morte"...

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