" Inacreditável ! Porém, real ... " (20ª Parte)

Um velho caboclo chamado Venceslau, já falecido, revelou para a minha professora de História, de nome Gertrudes, também falecida, um "causo" que a vetusta educadora adorava contar em sala de aula. Tal estória tinha relação com um menino muito pobre chamado Zezinho. Esse garoto era colega de classe da filha mais novo do nosso Venceslau. E foi por meio dela que o mistério passou a ser conhecido por outras pessoas. Tudo começou em uma modesta escola localizada num ponto isolado ao norte do Estado de Minas Gerais, mais precisamente no "Vale do Jequitinhonha". Segundo o testemunho da garota, Zezinho era um moleque muito magro e baixinho. Vivia com sua mãe em uma casa muito simples. Não tinha irmãos. O pai, jamais conheceu. Usava roupas sujas e rasgadas. Apesar de bastante tímido, o doidinho vivia rindo. Ria de qualquer coisa. Parecia viver no "mundo da lua". Todavia, o que mais chamava à atenção dos outros alunos era o "poder mediúnico" que Zezinho parecia possuir. Enquanto a professora passava a lição no quadro negro, Zezinho, com a força do pensamento, fazia com que as janelas e a porta da sala de aula abrissem ou fechassem sozinhas, de forma repentina e abrupta. A professora, volta e meia, gritava com a turma, exigindo mais respeito e atenção. Mas ninguém tinha coragem de "dedurar" Zezinho... A própria molecada atiçava o menino para realizar mais e mais tripulias, como: grudar as folhas de papel no teto da sala; levitar o apagador nas costas na professora; e, puxar os cabelos compridos das meninas (...tudo isso, apenas, com a força do pensamento!!). Infelizmente, a brincadeira terminou de forma trágica: Zezinho e sua mãe morreram queimados na velha casa de pau a pique em que moravam. Ninguém sabe quem provocou o sinistro. Alguns deduziram que o fogo pode ter surgido graças às faculdades paranormais que a infortunada criança parecia possuir, mas que não conseguia, adequadamente, controlar...

Comentários